Veja um grafo dos poemas de Manoel Fernandes Sobrinho
Não sou dos que murmuram flores; Não sou dos que enganam o dia; Não sou dos que morrem á sombra fria! Também não sou dos que reclamam dores. Não conto estrelas cadentes em amores; Não guardo em mim Apatia; Não carrego em minh'alma Galhardia; Também não tenho apego A valores. Não sou dos que gastam Favores; Não desperdiço sonho Em calmaria; Não sou dos que tem Valentia; Também não me curvo A caçadores. Mas dou, ao mesmo amor, Amores; Também dou o riso fácil Que seria, Do poema construído Em poesia E admiro no jardim As belas flores.
Componho o mundo na Palma da mão e o carrego nas costas tudo de mim. Sinto cansaço? Nego! Não nego! Sempre nego! Meu mundo é vasto, Mas nem tanto assim. O pensamento me leva a lugares diversos, como os que já conheci, muitos em vão. Neles, queria apenas pensar e fazer versos, Que pedem ser desagradáveis, Porém intensos. O que tenho no mundo, Não tenho apego, Penso muito, por isso viajo livre, enfim! Busco o improvável, Lugares imensos. Particular meu mundo? Digo que sim. Criações sem valor? Digo que não. Pensar em nada? Penso, não penso.
Quando passar para um outro lado, Anseio andar pelas nuvens E dançar solto na chuva Ao ritmo de uma música clássica que ainda não foi composta, Mas sei que tem a forma solta, A mesma de um poema sujo. Qual será o previlegio do espírito? Ou , o da alma? Se é que o tem.! Desejo as épocas, com seu melhores, Os vários lados, Não somente um. Afinal, não terei matéria, Estarei livre e poderei pousar Sem pendant nenhum, Aparência nenhuma, Pois isso não mais importa. Nenhuma forma triunfal, Além do bem e do mal.