Poemas de ITA LIBERMAN

Veja um grafo dos poemas de ITA LIBERMAN

se eu fosse

Ita Liberman Gerar poema da máquina
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se eu fosse hera
seria bom
transformava a casa
o muro e o portão
espalhava meu verde
de baixo pra cima
vivia na rua
esperava a lua
bebia da chuva
e ia crescendo
soltando seiva
parindo folhas
criando lagarta
ocupando tudo
assustando tanto 
que um dia uma foice
vinha me arrancar
mas minhas raízes
tão profundas
tão confusas
metiam medo 
ah, se eu fosse hera
seria bom
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escambo

Ita Liberman Gerar poema da máquina
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abri um negócio 
sozinha sem sócio 
produtos novos seminovos 				
notáveis sustentáveis 

atendo presencial e on-line
não aceito cartão de crédito débito
nem cheque pix ted 
moeda nota ou bitcoin

faço escambo permuta troca
o que você tem pra trocar?

tenho em estoque 
toque de alívio
um monte de faz-de-conta
prosa e poesia pronta

mando resposta boa 
pra quem te magoa
e você fica lá 
calada à toa

ensino encantamento pra lembrar do sonho
outro pra fazer sonhar
não trago teu amor de volta
se foi melhor não voltar

escrevo sob medida  
carta de despedida
haikai de natureza
com toda delicadeza
letra pra canção
soneto de aceitação

é bem-vindo quem
saiba fazer bainha na calça
tope dar uma volta na praça
traga fatia de torta
não importa se doce ou salgada
conte coisa engraçada
sinto falta da boa risada
dê abraço apertado
livro lindo já lido 
espalhe notícia verdadeira 
não aguento mais besteira
nem ouvir da vida alheia

faça o bem com o que você faz bem
lema do voluntário
que conta história pela vida
tema de quem teima
dar mão cara coração
em troca de sorriso 
compartilhar emoção
só porque sim 

por que não?
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recado

Ita Liberman Gerar poema da máquina
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de: alma
para: corpo

te conheço desde sempre 
e ainda não te entendo
temo teus sintomas
transas, traumas, tremores
que machucam, me chocam
checam minha capacidade 
que se esvai com tua idade

então sinto uma imensa pena
da leveza que fui perdendo
do peso que foste ganhando
do tempo que junto tivemos
e nem sempre soubemos 
o que dele fazer

teu tempo é contado na terra
e um dia teu peso te enterra
meu tempo não quer nem diz nada
porque sou eterna e sem ti
sou penada
 
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sensações

Ita Liberman Gerar poema da máquina
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meus olhos sorriem
quando o cotidiano
encontra pequenos prazeres
 
como suave perfume no ar
claridade de fim de tarde
solzinho no inverno
 
como afago no gato
saborear um bom prato
rever aquele retrato
 
minha alma vibra
com a lembrança
que uma música traz
e faz o corpo dançar
 
meu coração sossega
na presença de certas presenças
que espalham paz
despertam um carinho explícito
um bem querer infinito
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