Veja um grafo dos poemas de ITA LIBERMAN
se eu fosse hera seria bom transformava a casa o muro e o portão espalhava meu verde de baixo pra cima vivia na rua esperava a lua bebia da chuva e ia crescendo soltando seiva parindo folhas criando lagarta ocupando tudo assustando tanto que um dia uma foice vinha me arrancar mas minhas raízes tão profundas tão confusas metiam medo ah, se eu fosse hera seria bom
abri um negócio sozinha sem sócio produtos novos seminovos notáveis sustentáveis atendo presencial e on-line não aceito cartão de crédito débito nem cheque pix ted moeda nota ou bitcoin faço escambo permuta troca o que você tem pra trocar? tenho em estoque toque de alívio um monte de faz-de-conta prosa e poesia pronta mando resposta boa pra quem te magoa e você fica lá calada à toa ensino encantamento pra lembrar do sonho outro pra fazer sonhar não trago teu amor de volta se foi melhor não voltar escrevo sob medida carta de despedida haikai de natureza com toda delicadeza letra pra canção soneto de aceitação é bem-vindo quem saiba fazer bainha na calça tope dar uma volta na praça traga fatia de torta não importa se doce ou salgada conte coisa engraçada sinto falta da boa risada dê abraço apertado livro lindo já lido espalhe notícia verdadeira não aguento mais besteira nem ouvir da vida alheia faça o bem com o que você faz bem lema do voluntário que conta história pela vida tema de quem teima dar mão cara coração em troca de sorriso compartilhar emoção só porque sim por que não?
de: alma para: corpo te conheço desde sempre e ainda não te entendo temo teus sintomas transas, traumas, tremores que machucam, me chocam checam minha capacidade que se esvai com tua idade então sinto uma imensa pena da leveza que fui perdendo do peso que foste ganhando do tempo que junto tivemos e nem sempre soubemos o que dele fazer teu tempo é contado na terra e um dia teu peso te enterra meu tempo não quer nem diz nada porque sou eterna e sem ti sou penada
meus olhos sorriem quando o cotidiano encontra pequenos prazeres como suave perfume no ar claridade de fim de tarde solzinho no inverno como afago no gato saborear um bom prato rever aquele retrato minha alma vibra com a lembrança que uma música traz e faz o corpo dançar meu coração sossega na presença de certas presenças que espalham paz despertam um carinho explícito um bem querer infinito