Veja um grafo dos poemas de JOSE CICERO DA SILVA SOUZA
Olha Não sou crente do amor. Olhares pra mim não Dizem quase nada. Só dor. Sem intenção acabo seu Mundo Peço desculpas Quase eternamente. Derrubei teu Deus. Matei tua mente. Caminho escuro à frente. Não chore, jovem. Precisa mais de realidade. Vida latente. Mundo lá fora louco. Morte de idealizações. Seu príncipe encantado Já digo Tá morto Então não espere O mundo de fadas te encontrar. Nunca se dará. Infelizmente.
Me sinto tão pequeno No impulso animal Das máquinas tecnológicas Não sei guardar meu ser. Hoje Ontem Caminho Meio fora de prumo. Passagem efêmera das Estações Quem sou? Lembranças? Memórias? Vivências? Aviso que não tenho Suporte suficiente Para Caminhar No tempo. Durmo Acordo Se fora Ontem. Próximo de mim O dia passado, Mas é quão um abismo Entre Mim Hoje e ontem. Vagueio A só Pelo tempo. Sou Força Visceral de existência Ainda guardo Alguns Neurônios De mim em Relação Ao ontem.
Ninguém ousa falar disso abertamente Enquanto isso Milhares de jovens suicidas Pulam de ponte. Me perdi em cortes. Feridas À gilete. Meu irmão, o que está fazendo? Infelizmente, responde, Amenizando A dor. Juventude doente Morte coletiva Futuro incerto Depressão assassina. Jovens Mortos Até quando o rádio Informará mais um Suicidio? Precisamos falar sobre isso. Noites em escuro Jovens morrendo. Ninguém fala nada. Público anestesiado. Assunto a sete chaves Mas o mundo lá fora Mostra a depressão. A esperança tá incerta O futuro tá mais Para cemitério Do que jovens Futuros. Me perco em escuridão Fico em silêncio Em nome dos Mortos. Precisamos recuperar Nossa juventude. Não aguento mais Meu irmão suicida.
Fumar traz vida Teu olhar Minha jovem Gera morte. Em alucinação eterna. Paranóia patológica Plantarei cigarros No pulmão eternamente. Não quero Morrer. Droga de olhos. Se pudesse Os tiraria De mim. Jogaria-os Fora. Caixão ao mar Sem direção. "Viva la vida" Me salvaria.