Veja um grafo dos poemas de Ana Carolina Fávero de Oliveira
No mais tardar das noites de dentro É quando vem encobrindo de sono e de vento Milhas de sonhos Refúgio aqui Mas junto, vem ele sombrio, abrangente Evoca no ser o que pouco se sabe sobre a gente Muito do que se vê e do que se faz Melancolia Ela, aqui jaz De trás para frente Sei perceber Quando sublima a dor Resta só amanhecer
Percebeu que poderia ir além E foi, sem perceber também Que de além, muito pouco se afigura O que há é só o alguém À procura de no outro Encontrar o que já se tem E nisso, tanta gente vem E o ninguém Ainda se consuma Verdade que te quero bem Mas com você, o vazio ainda continua Desfigura o que se faz de bem Com isso, permanece o aquém Mas eu sei que pra isso não existe cura
Daquilo que restou Refiz o que pouco havia de mim Para o bem ou para o mal Agora eu vejo tudo igual Menos o resquício de gente guardado e lembrado para o instante que nunca chega
Ramos sobre a cabeça no corpo da esperança O invisível se desfaz Quem somos e as Ondas de vento não vêm mais Te espero nos encontros Vieses do tempo Agora passados O que passou, passou Mas ainda resta muito de mim No que em mim já foi e tende vir a ser O vai e vem do estar bem novo, bem velho, peculiar Sabendo, de alguma forma: as palavras precisam chegar a algum lugar Não se engane, lá vem ele O impeto fará renascer Quando menos se espera Olhe só, bem atrás de você!