Visualizando o varal de 2020

Saneamento Básico

Luciano Bitencourt Gerar poema da máquina
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Minha nação a cabeça meneia.
Insuspeita, não questiona nem lê.
És coprófaga de barriga cheia!
Bicéfala entre alarve e à mercê.
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Singela homenagem a Pedro Casaldáliga (1928-2020), Profeta, Santo e Poeta!!!

Jerry Chacon Gerar poema da máquina
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Voltando à Terra que ele tanto amou e defendeu!!!
Como Profeta, Santo e Poeta!!!
Pedro é pedra firme em Cristo Libertador
Assumiu a dor do Povo de Deus.

Deus que escuta o clamor dos que sofrem
Envia-nos poetas-profetas, dom de amor
Labor pelo Reino de Deus, vida doada
Partihada, eucaristizada, vida pão para o irmão.

Dom que é Pedro não nos deixa
Não se queixa, acolhe-o o Pai-Mãe da Vida
O Filho, mártir que nos trouxe a vida plena
O Espírito Santo que sopra onde quer...

Abraçam, nosso querido Pedro
Os mártires e as mártires da caminhada
Nos abraça Pedro, nos espera...
Esperamos juntos na esperança da Terra Sem Males

Dom Pedro Casaldáliga, Santo da Caminhada do Povo, rogai por nós!
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Vida plena e amor

Garzón Medina Gerar poema da máquina
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Reunidos em amor fraterno e companheirismo

Sob as asas protetoras da Divina Mãe

Cientes de que o amor em si é o sangue que dá a vida plena, e une todos os membros do corpo

Amar a todos como a si mesmo, conecta todos os membros do corpo Divino
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AO CAIR DA TARDE...

Juares de Marcos Jardim Gerar poema da máquina
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Na tarde fria de primavera com jeito de outono, 
sinto a nostalgia dos dias cinzentos. 
Evocações de tempos distantes ondulam 
em meus oceânicos pensamentos. 
Mares revoltos se agigantam e explodem
em gigantescas ondas, alcançando galáxias, 
espalhando miríades, logo transformadas em imagens,
sons, odores, perfumes, campos floridos, 
estradas, riachos, praias.
Em cada lembrança, lindas ninfas, 
sedutoras sereias, ingênuas fadas, 
tentadoras lolitas, poderosas guerreiras, 
heroínas de ontem, hoje e sempre. 
Doces recordações. 
Divago. Viajo. 
Confesso que viveria tudo outra vez, 
com muito, muito prazer.
(Juares de Marcos Jardim - Santo André / São Paulo - SP)
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Prejuicio

Patricia Silva Gerar poema da máquina
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Una forma  de ver por detrás del vidrio negro
Por la frente del muro blanco
Vea lo que no puedes ver, ni sentir. Intente.
Crees en tu razón, pero no puede cambiar mis pensamientos, mis actitudes 
Cambia tu própria vida. Cambia a ti mismo.
Cualquiera sea el genero. Su color, su credo. Su Dolor.
No dañes a nadie, no rompas sentimientos,  no moleste una verdad que no sea tuia.
Juzgues a tu juicio. 
No juzgues a nadie, tampoco mire a mi com ojos de lesura.
Cuida de  tus palabras, no te  pertenece mi libertad, no me atas, no me juzgue.
No me trate  como si ausente estubiera. 
Oiga me en los libros y discos , en los gritos , en la multitud. 
Pero jamás  me calles.
Estoy aqui, Viva.
Y tengo una alma.
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Darling

Amélia Piagno Gerar poema da máquina
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Meus pés, meus passos
Procuram seus rastros
Encontram seus traços 
Morrem em seus braços  

Se sou em pedaços
vários são você 
Em todos meus faços 
há tanto de você 

Minhas mãos tateiam
Procuram seus braços  
Encontram seus rastros 
Morrem em seus traços 

Se é em pedaços 
e vários são eu 
Se sou em seus faços
seu amor é meu?

Sussurros e sorrisos 
Procuram-se em traços
Encontram-se em braços 
Inteiros, sem rastros 

morrem enlaçados 
Sempre demorados
Nunca tão cansados
dormem abraçados
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Saudades

Martha Zimbarg Gerar poema da máquina
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Me lembrei de você 
Bons momentos 
Saudades de você 

Penso então 
Que triste nossa felicidade 
Ainda que tarde 
Findou 

No fundo de mim
Tem você 
Cravado no meu peito
Como uma pedra
Sem tempo...
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Uma parte de mim - uma Releitura

Luís Henrique de Carvalho Lopes Gerar poema da máquina
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Uma parte de mim 
é sabedoria 
Outra parte é dúvida 
sem resposta. 

Uma parte de mim 
é corpo
Outra parte 
é alma.

Uma parte de mim 
é razão 
Outra parte 
emoção. 

Uma parte de mim 
é amor 
Outra parte 
é dor.

Uma parte de mim 
é sol
outra parte 
é luar.

Uma parte de mim 
é insistência 
Outra parte 
sobrevivência. 

Autor: Luís Henrique de Carvalho Lopes.
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Meu sertão amado

Martha Zimbarg Gerar poema da máquina
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Ai meu sertão amado
Eu fico admirada
Com tanta belezura

Deixei lá o meu passado
Um pequeno sobrado
No início da longura

Quanta palavra bonita
Posso fazer uma lista
Tudo ali tem amor

Quem me dera abraçar
E o sertão embalar
Nas cantigas de amor.
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Poema da Máquina

Sugerido por: Jose Luiz Goldfarb

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brincar, fuzilar e reluzir
brincar, editar e imprimir
psicrómetro p'ra novos higrómetros
os proletários no indivíduo

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Às vezes um rosto vale mais do que milhares de palavras
Ah, Olga,
Como uma joia tão bela e delicada pode resistir à guerra?
A guerra é cruel e devastadora
Mas teus olhos cor de água, dão-me esperança

São os bons que morrem cedo,
Mas os que perduram na maldade,
D’us não terá piedade
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MEDIDA PROFILÁTICA

virginia finzetto Gerar poema da máquina
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quando veio a praga
conspiraram ser um negócio da china,
ainda um misterioso país distante
no imaginário do povo analógico,
esse que agora se priva de abastecer desejos
de quinquilharias trazidas de lá em contêineres
e vendidas em camelôs

de novo, vê-se a religião a se divorciar da ciência
e essa mesma gente, que também não acreditou
ter o homem pisado na lua, agora quer ganhar as ruas

pobres mortais, contaminados fundamentalistas
matam a si mesmos e aos seus com a ignorância,
mas de dentro de minhas células femininas
versos intuitivos só permitem a verdade
do resguardo em bastante companhia
e o vírus, sem chance, morre na praia
por não ter onde ancorar nesse mar de poesia
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enes

não
nunca
negue
negão
negam
negrada
negros
navios
negreiros
novos 
números
nisso
nós
naturalmente
não
negociamos
nossa
natureza
nanã
nina
nesta
necropolís
nunca
nada
nos
nota
nas
notícias
nuvens
nascem
natimortas
néscias
nuas
novidades
novas
nigérias
nagô
n'golo
núbio
n'zombi
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A TODOS NÓS QUE ESTAMOS POR TRÁS DA JANELA

Mariasun Montañés Gerar poema da máquina
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A todos nós que estamos por trás da janela,
Silenciosos, introspectivos, à espera de um aceno de mão.
Quem está do outro lado do vidro?
Uma criança? Um ancião?

O reflexo do sol na janela, 
A vida que pulsa no jardim, sem a nossa presença,
linda, imortal, como sempre foi.
Ohe, olhe lá... o pequeno colibri encontrou a sua flor!

A todos nós que estamos por trás da janela,
Inquietos, sonhadores, aguardando o momento de voltar.
Seremos melhores? Seremos os mesmos?
Teremos aprendido alguma coisa nesse limiar?

Foi-se o céu de outono, 
Iluminado pela lua, coberto de estrelas.
A Estrela D´Alva ainda está lá?
Sim. Ela sempre está lá para inspirar os poetas.

A todos nós que estamos por trás da janela,
À espera que o perigo passe, 
Que o amanhã logo chegue,
Que a esperança não se apague.

Na quietude que nos invade, a revelação:
Não somos. Estamos em constante transformação,
Aprendendo, procurando, superando,
Encontrando o que necessitamos em nós.

A todos nós que estamos por trás da janela,
Contemplando, meditando, falando com Deus,
A fé que nos guarda,
A força divina que nos guia e ilumina.

Por linhas tortas, paramos diante da janela,
Vimos o colibri encontrar a sua flor e partir,
A vida eternizou-se naquele instante,
no sabor do néctar e na liberdade do pequeno colibri.
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dançar a Nênia Sinfonia

Carolina Rieger Gerar poema da máquina
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  •        
dança sobre os ossos
veio como se a morte precisasse de aliado
mas não se trata disso
cumpre à risca seu ofício
entre outros a dançar 
fremem como labaredas
sapateiam como estalidos
estão em descompasso com a música
uma Nênia Sinfonia
lírica no sentido estrito
do baixo ao soprano
todos gemem seus ais
mas os dançarinos estão surdos
valsam, assinam acordos, voam
bebem leite e leite condensado
dão glória a deus
pela alegria da dança ígnea
são tão animados que incendeiam
- stop! stop! ele gosta de falar inglês - death! dead! (dead é papai, né?!) 
- pai, olha aqueles dali, eles não sabem se divertir… vão estragar minha festa!
E o pai zeloso manda incendiar os culpados
- filhinho, eles vão dançar nem que seja na bala!
tiro ao alvo
ou ao ritmo da entranha, é estranha a dança da fome
e a do estertor, então?
estrebucha fei(t)o quem queima 
em nome de deus
eles são esquisitos, mas vão dançar…
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Retrato

Luiza Sidraque Gerar poema da máquina
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No retrato que me faço 
Às vezes me desgasto 
Às vezes fico exausta.

Às vezes me vejo calada 
Pensando na insensatez 
E na escassez de amor. 

E desta vida, desta luta
 __  pouco a pouco __
Deixo tudo, me desfaço. 

No final, o que restará?
Um poema de uma jovem
Que não quer continuar. 

Luiza Sidraque Santos
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Suruba na gaveta dos papeis mofados

Susannah Gerar poema da máquina
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Um ácaro acaricia
a sílaba-chama.

Na pele da palavra
suor em escamas.

Um ácaro aguarda
a sílaba em pelo,

Uma palavra ama
um ácaro no joelho.
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Tons de saudade

Lilian Gonçalves Gerar poema da máquina
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  •        
Cobriam-se as paredes em tons de caos
enquanto raspava do peito
tatuagem do mal que causei 
no tempo de sentimento 
que ainda comandava.
Arrancar não teve jeito
tentei até navalha
queimei com cigarro,
lavei com cerveja,
tudo falhava
nada desmanchava a marca
nada desfazia o tédio
novidade nem remédio
sem a pele em meus dedos
nada segurava.
Na roda viva que girava
inebriava, desnorteava
caí em mim, vi que não adiantava
fiz um pacto comigo
de não procurar
deixar sangrar
não correr atrás
deixar chorar
Laser dói e passa
tempo dói, mas passa
marca fica, saudade passa
parar de brigar com as cicatrizes
me acalma.
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Onipresença

Karen Gerar poema da máquina
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  •        
Repentina ou premeditada
Por vezes, ansiosamente aguardada
Onipresente
Na partida e na chegada

Em instantes de euforia
Naqueles de tristeza em demasia
Onipresente
Na alegria e na agonia

Não há volta, nem permite evasão
Traz à vida existencial razão
Onipresente
No doente e no são 

Cega, surda, muda, aos leigos
imaterial
Traz medo e sentido
É essencial

Onipresente
Seja pela reflexão da pena
Ou pelo encerrar do punhal
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Sinestesia

Salma Moura Gerar poema da máquina
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Foi em uma noite de luar que eu senti a sua pele. 
Pela primeira vez entendi o que eram borboletas no estômago. 

Depois que você foi embora as borboletas morreram e a lua já não brilha como antes.

Você não voltou, a lua perdeu seu brilho. 
Eu passei a olhar para o céu todas as noites...
E perguntar o que eu fiz para você não voltar.

Depois de um tempo percebi que você simplesmente não foi feito para mim.
E eu não fui feita para você.

Você foi tudo para mim, mas eu não signifiquei nada para você, e isso muda tudo.

Hoje infelizmente somos apenas desconhecidos que se conhecem muito bem. 

Agradeço por fazer meu coração acelerar.
Vou te guardar para sempre na memória...
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